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martes, 7 de mayo de 2013

O ASSALTO À RAZÃO EM PORTUGAL



Nota dos Editores

O ASSALTO À RAZÃO EM PORTUGAL



A comunicação ao país do Primeiro-ministro, no dia 3 de Maio, empurrou ainda mais Portugal para a beira do abismo. O conteúdo da mensagem confirma a irresponsabilidade, a incompetência, a irracionalidade da estratégia do bando que exerce o Poder.


Agora o governo pretende despedir numa primeira fase mais 50 OOO trabalhadores da Função Pública, quer mediante «rescisões amigáveis», quer através do mecanismo das «requalificações», novo rótulo da engrenagem da «mobilidade especial».


A idade da reforma sem penalização sobe para os 66 anos, aumenta o imposto intitulado «taxa de solidariedade», aumenta o horário de trabalho do sector público para 40 horas, o desconto para os subsistemas de saúde, e as Forças Armadas, a GNR e a PSP são também duramente golpeadas.


O resto do pacote será conhecido dentro de dias quando o governo informar os chamados «parceiros sociais» de novos cortes.


Afirma Passos, em nome do seu Ministério, que procura, como porta-voz da troika, o consenso social para levar adiante a sua política devastadora.


A arrogância e hipocrisia são tamanhas que até destacadas personalidades do patronato se demarcam de uma política que configura um autêntico assalto à razão.

«Pode um homem sozinho dar cabo de um país?

Ao responder afirmativamente à pergunta, Miguel Sousa Tavares, em artigo publicado no semanário «Expresso» conclui que «este governo vai rebentar, tem de rebentar». A opinião, emitida por um influente jornalista de direita, expressa bem o medo de uma explosão social que se instalou num amplo sector da classe dominante.


A política de Passos-Gaspar apresenta já matizes fascizantes. E o governo não pode hoje como durante a ditadura de Salazar e Caetano contar com as forças armadas para desencadear uma repressão massiva.


No próprio governo as fissuras são já inocultáveis. Alguns ministros receiam que a indignação dos trabalhadores e pensionistas transcenda o âmbito das manifestações de protesto e desemboque num levantamento popular.


Esse temor tem fundamento.


A concentração do dia 25 de Maio, em Belém, contribuirá para desmascarar a cumplicidade do Presidente da República com os inimigos do povo português.


Cabe as massas assumirem-se como sujeito da História e pôr fim ao governo fascizante que ocupa o Poder.



OS EDITORES DE ODIARIO.INFO 

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